Existem três modelos principais de implantação: Nuvem Pública, Nuvem Privada e Nuvem Híbrida:

Nuvem Pública: Executado em um servidor multilocatário, onde vários locatários ou clientes compartilham os recursos do servidor. Isso é semelhante a um prédio de apartamentos onde vários locatários vivem dentro da mesma infraestrutura física e compartilham certos recursos, mas cada locatário tem sua própria chave para uma unidade segura dentro do prédio. A manutenção do prédio e das unidades de apartamentos é fatorada no aluguel pago pelos locatários e cuidada quando os locatários precisam. Na nuvem pública, cada cliente tem seu próprio “contêiner de nuvem”, onde seus aplicativos e dados ficam completamente ocultos dos outros locatários do cliente. Como os clientes estão compartilhando alguns dos mesmos recursos de computação e o provedor de nuvem cuida da manutenção do software e da infraestrutura, a nuvem pública geralmente tem o menor custo total de propriedade (TCO).

Nuvem privada: Para software local, a licença é perpétua, o que significa que o cliente está comprando a solução por uma taxa única “para sempre”. O cliente é responsável por comprar e manter o(s) servidor(es) físico(s) onde o software será instalado no local, e instalar e manter o software em si. O provedor de software pode lançar patches e atualizações, mas cabe exclusivamente ao cliente, decidir quando e se ele irá instalá-los. O software de nuvem privada é executado em um servidor de locatário único, onde apenas um único locatário (cliente) usa os recursos do servidor. O software é executado em uma rede privada protegida por um firewall, que é muito semelhante a um sistema local. Ao diferenciar entre nuvem privada e software local, pergunte-se:

• •  A licença do software é perpétua ou uma assinatura?
• •  Quem é responsável por manter a infraestrutura de servidor(es) onde o software está instalado?

Para software de nuvem privada, a licença é baseada em assinatura, o que significa que o cliente paga uma taxa em intervalos regulares, até o fim do período do contrato. Os servidores físicos estão localizados fora do local em um data center em algum lugar do mundo, e a taxa de assinatura é paga para acessar e usar o software localizado no(s) servidor(es) remoto(s) pela internet. O provedor de nuvem é responsável por manter a infraestrutura e garantir que o software esteja disponível na porcentagem de tempo definida no acordo de nível de serviço (SLA) (geralmente 99,5 – 99,9%). O provedor de nuvem é responsável por certas atividades de manutenção do software definido no SLA, mas há flexibilidade para os clientes escolherem assumir algumas tarefas ou até mesmo solicitar que o provedor de nuvem cuide de tarefas adicionais por uma taxa.

Um diferencial entre a nuvem privada e a pública é o nível de personalização permitido no sistema. Nuvens privadas tendem a oferecer mais flexibilidade do que nuvens públicas porque o software reside em um servidor de locatário único, em vez de um servidor multilocatário. Se a nuvem pública é um complexo de apartamentos onde você compartilha alguns recursos com seus vizinhos, a nuvem privada é uma casa unifamiliar em um terreno. Em um apartamento, você pode fazer personalizações dentro das restrições de sua unidade, mas não pode fazer grandes mudanças estruturais que possam afetar os outros locatários. Com uma casa, você pode construir uma adição ou alterar o exterior, porque você é o único locatário no espaço.

O software de nuvem privada tende a ter um TCO menor do que o software local, porque você está terceirizando algumas das atividades de manutenção técnica para um provedor de nuvem. No entanto, a nuvem privada tem um TCO maior quando comparado ao software de nuvem pública porque você é o único responsável pelo custo de manutenção do servidor onde seu software reside, e os clientes geralmente criam mais personalizações que precisam ser mantidas ao longo do tempo.

Nuvem Híbrida: Uma nuvem híbrida inclui soluções de nuvem (pública ou privada) e no local, geralmente de vários provedores. A maioria dos clientes terá um cenário diversificado que consiste em uma combinação de diferentes soluções que precisam ser integradas.

Clientes SAP podem aproveitar o SAP Business Technology Platform (SAP BTP) para desenvolver e hospedar integrações e aplicativos nativos da nuvem para garantir que os dados sejam totalmente integrados em suas soluções de software.

Governança em modelos de implantação de nuvem e serviços de computação

Os requisitos de operações de TI do cliente variam de acordo com o modelo de implantação. Aqui estão alguns cenários gerais:

• •  Para uma solução local, a equipe de TI é responsável por toda a solução e precisa aprender sobre as especificações técnicas e funcionais de manutenção de todos os aspectos do software e da infraestrutura;
• •  Para uma solução hospedada em uma nuvem privada, a equipe de TI é responsável por monitorar o desempenho do aplicativo, solucionar problemas e todas as atividades de suporte ao aplicativo. Sempre consulte seu contrato de nível de serviço (SLA) e a documentação de funções e responsabilidades para ver exatamente quem é responsável por quais atividades. Para quaisquer aprimoramentos específicos do cliente incorporados à solução, a equipe de TI é responsável por mantê-los por meio de atualizações de versão futuras, o que inclui novos testes de processos personalizados para verificar se os aprimoramentos não foram afetados.
• •  Para uma solução de nuvem pública, a equipe de TI é responsável por solucionar problemas e tentar resolver problemas gerais de suporte de aplicativos e escalar problemas técnicos reais para o provedor cloud. Eles também são responsáveis ​​por manter quaisquer melhorias específicas do cliente por meio de atualizações de versão futuras. Isso inclui testar novamente os processos de negócios existentes após uma atualização ser instalada pelo provedor de nuvem para garantir que a atualização não afetou nenhuma de suas melhorias específicas do cliente.
• •  Quando o suporte ao aplicativo é tratado por um terceiro, o conhecimento sobre a solução deve ser transferido da equipe do projeto para o terceiro. Proprietários de processos de negócios, gerentes de relacionamento comercial e agentes de service desk dentro da sua organização ainda precisam aprender sobre a solução, e você também deve considerar mudanças em seus processos de suporte de gerenciamento de incidentes ou mudanças.

Visão geral do SAP S/4HANA

SAP S/4HANA é uma sigla para SAP Business Suite 4 the HANA Database. Chamado de “próxima geração” do software SAP Business Suite porque ele substitui a versão anterior do SAP Business Suite, SAP ECC (SAP Enterprise Central Component).

O SAP S/4HANA é o núcleo digital de uma organização, o que significa que é o sistema financeiro de registro com o diário universal sendo a única fonte de verdade. O software é inerentemente projetado com análises, incluindo recursos preditivos e de previsão, sempre em mente. Os dados são coletados de transações e alimentados em aplicativos analíticos que fornecem informações para ajudar os clientes a tomar as decisões certas em todas as linhas de negócios.

O SAP S/4HANA pode ser facilmente integrado a outros aplicativos SAP e de terceiros por meio da SAP Business Technology Platform (BTP). Tem uma estrutura de extensibilidade onde não desenvolvedores podem facilmente fazer personalizações e melhorias por meio de aplicativos que o guiam pelo processo de construção de extensões que serão estáveis ​​por meio de atualizações de versões futuras.

O software SAP Business Suite é construído no banco de dados SAP HANA, e a experiência do usuário é aprimorada com a interface do usuário SAP FIORI para fornecer uma experiência de usuário consistente e intuitiva, tanto em aplicativos de desktop quanto móveis. O Core Data Services é uma camada analítica que fica no topo do banco de dados SAP HANA para facilitar a recuperação e a modelagem de dados nos aplicativos analíticos SAP Fiori.

SAP Fiori Launchpad: É o ponto de entrada central para o SAP S/4HANA para todos os usuários em dispositivos móveis e desktop. O launchpad é a página inicial pessoal de um usuário, onde ele pode ver e iniciar os aplicativos autorizados para suas funções atribuídas. O SAP Fiori é a linguagem de design que cria uma aparência consistente em todos os aplicativos, independentemente de o aplicativo residir no SAP S/4HANA ou abrir uma nova guia do navegador para iniciar uma solução integrada da SAP ou de terceiros. Centenas de aplicativos SAP Fiori estão disponíveis em diferentes linhas de negócios e setores, abrangendo uma ampla gama de tarefas transacionais e analíticas. No SAP Fiori Launchpad, os usuários podem acessar o suporte incorporado, incluindo simulações guiadas que se alinham aos processos de negócios, tutoriais em vídeo e informações de ajuda que estão no contexto do aplicativo em que você está trabalhando no momento. Os usuários também podem fazer personalizações para que sua visualização do launchpad se ajuste melhor às suas necessidades.

Core Data Services (CDS): É um conjunto comum de linguagens e serviços específicos de domínio para definir e consumir modelos de dados semanticamente ricos. Em outras palavras, a camada CDS fornece uma linguagem universal para ler e processar dados em diferentes aplicativos. Você pode criar visualizações CDS para modelar dados do banco de dados para fins analíticos ou para gerar interfaces de programação de aplicativos (APIs) para permitir que outros aplicativos consumam os dados. Em geral, as visualizações CDS devem ser consumidas por uma interface de usuário (UI), aplicativos analíticos ou outras soluções.

Banco de dados SAP HANA: Banco de dados orientado a colunas in memory, projetado para armazenar, receber e consultar dados. O mecanismo de computação na memória permite que o SAP HANA processe dados armazenados na RAM (memória de acesso aleatório; também chamada de “memória principal”) em vez de lê-los de uma unidade de disco física. Pense no armazenamento em RAM como sua própria memória de curto prazo e no armazenamento em disco como sua memória de longo prazo. Se você for solicitado a lembrar de algo que aprendeu há 10 segundos, a informação ainda estará na sua memória de curto prazo e será facilmente acessível. Se você for solicitado a lembrar de algo que aprendeu há 10 anos, levará muito mais tempo para peneirar todos esses dados e identificar as informações corretas. Para bancos de dados, armazenar dados na memória principal em vez do disco fornece acesso mais rápido aos dados e, por extensão, consulta e processamento mais rápidos.

A estrutura das tabelas do banco de dados SAP HANA é orientada a colunas, o que significa que todos os dados de uma única coluna são armazenados no mesmo local. Isso se opõe aos bancos de dados orientados a linhas que armazenam todos os dados de uma única linha no mesmo local. Pense em uma planilha no Microsoft Excel com dados do usuário – as colunas são cabeçalhos que definem um certo tipo de dados a serem armazenados em cada coluna (nome, sobrenome, número de telefone, endereço), onde cada linha é um registro de usuário inteiro com detalhes sobre uma pessoa individual. Ao executar uma consulta, um banco de dados orientado a linhas seleciona cada registro (linha) de informações que tem algo relevante para a consulta e, em seguida, descarta os dados que não são relevantes.

Um banco de dados orientado a colunas aplica um filtro à(s) coluna(s) relevante(s) para a consulta e seleciona apenas os dados necessários que são solicitados. Como os bancos de dados orientados a colunas pesquisam apenas os dados em uma consulta, em vez de lançar uma rede ampla e descartar informações de que não precisam, eles são muito mais rápidos e precisos. Bancos de dados orientados a colunas na memória são projetados para lidar com grandes volumes de dados, o que é necessário para alimentar aplicativos analíticos que geram análises preditivas e para treinar chatbots de IA ou outros tipos de tecnologia que aprendem por meio da exposição a dados (por exemplo, aprendizado de máquina).

O SAP S/4HANA pode ser implantado em uma nuvem pública, nuvem privada ou no local para atender às necessidades do cliente:

SAP S/4HANA Cloud Public Edition: Os clientes podem ver resultados imediatamente com processos de negócios prontos para uso, desenvolvidos com base nas melhores práticas comprovadas do setor. As empresas podem ficar à frente obtendo os mais recentes processos de negócios e inovações tecnológicas com atualizações de lançamento semestrais em agosto e fevereiro, que são instaladas automaticamente em seu sistema pela SAP nas datas definidas no cronograma de lançamento. A plataforma totalmente extensível permite que as empresas personalizem os processos de negócios de acordo com suas necessidades e expandam facilmente conforme os requisitos de negócios evoluem com a arquitetura de nuvem.

SAP S/4HANA Cloud Private Edition: Os clientes podem migrar para a nuvem no seu próprio ritmo. Uma biblioteca abrangente de processos de negócios prontos para execução facilita o início com uma linha de base, enquanto a flexibilidade de personalização permite que as empresas criem processos de negócios altamente personalizados que dão suporte aos requisitos do setor. A SAP lança atualizações anuais para permitir que os clientes se mantenham atualizados com as últimas inovações, ao mesmo tempo em que fornece flexibilidade para que os clientes implementem inovações em seu próprio cronograma.

O SAP S/4HANA (on premise) e o SAP S/4HANA Cloud Private Edition: Têm o mesmo escopo funcional, incluindo a linha de ponta a ponta de processos de negócios, suporte para todos os 25 setores e atualizações anuais. A principal diferença entre os dois é a licença (perpétua ou por assinatura) e onde a infraestrutura reside (no local ou em um data center remoto). Além disso, não há exigência para que os clientes do SAP S/4HANA instalem atualizações quando adquirirem a implantação on premise. Com a edição privada, os clientes precisam permanecer na manutenção convencional, o que requer pelo menos 1 atualização a cada 5 anos.

Modelos de implementação em 2 níveis:

                    A decisão de qual opção de implantação selecionar, geralmente depende do grau de padronização versus o grau de flexibilidade exigido por um cliente em seu software empresarial e do método de implementação. Os diferentes métodos de implementação são:

• •  Greenfield: Nova Implementação com um sistema limpo;
• •  Brownfield: Conversão de sistema do seu sistema SAP ERP existente;
• •  Transição Seletiva de Dados: Normalmente combina Greenfield e Brownfield, frequentemente em um cenário de ERP de duas camadas. Por exemplo, o sistema SAP ECC é convertido para SAP S/4HANA Cloud Private Edition, e o SAP S/4HANA Cloud Public Edition é implantado para uma linha de negócios específica, como Serviços Profissionais. Isso permite a padronização no ERP principal, com uma solução de nuvem pública de movimentação rápida e frequentemente atualizada para um LoB específico.

Implantação de ERP de duas camadas

Um sistema de planejamento de recursos empresariais (ERP) precisa ser ágil e confiável, para que uma organização possa responder rapidamente às condições de negócios em evolução, ao mesmo tempo em que mantém um ambiente sustentável que atenda às partes interessadas e aos usuários de negócios. Uma estratégia de ERP de duas camadas é quando uma empresa usa diferentes sistemas de ERP (do mesmo fornecedor ou de fornecedores diferentes) em diferentes camadas da organização.

Existem vários cenários possíveis de ERP de dois níveis, mas um modelo comum é onde o Nível 1 serve como a espinha dorsal global executando processos administrativos de ERP (por exemplo, finanças) e o Nível 2 é adaptado para necessidades comerciais localizadas, uma subsidiária ou uma unidade comercial menor. Isso permite que uma organização padronize o Nível 1 para atender aos requisitos funcionais e orçamentários, mantendo a flexibilidade com as funções comerciais no Nível 2.

Com o SAP S/4HANA Cloud Public Edition, uma organização pode implementar rapidamente a nuvem pública para uma subsidiária, mantendo o custo total de propriedade baixo. Essa abordagem oferece agilidade para a subsidiária, enquanto a integração estreita com o SAP S/4HANA (on premise) ou o SAP S/4HANA Cloud Private Edition implementado para a matriz garantirá muita visibilidade dos dados e operações da subsidiária.

Outros impulsionadores de mercado para adotar um ERP de duas camadas podem incluir:

• •  Integre novas aquisições rapidamente;
• •  Padronizar as subsidiárias em uma plataforma harmonizada;
• •  Prepare-se para uma alienação antecipada;
• •  Adapte-se a novos processos ou modelos de negócios totalmente novos;
• •  Centralize serviços como finanças ou compras;
• •  Amplie o controle da cadeia de suprimentos com parceiros de negócios;
• •  Expandir por meio de joint ventures;
• •  Adapte-se às situações geopolíticas em evolução;
• •  Prepare-se para mudar os regulamentos de residência de dados.

Exemplos de cenários de ERP de duas camadas

No cenário de Sede e Subsidiária, a sede executa um ERP altamente personalizável no local ou em nuvem privada e as subsidiárias executam um ERP de nuvem pública padronizado com um escopo específico. Há uma integração perfeita entre a sede e as subsidiárias, o que permite que as subsidiárias mantenham a flexibilidade, foquem na inovação e integrem rapidamente.

No cenário de Serviços Centrais, uma organização poderia ter uma linha de negócios spin-off executando um ERP de nuvem pública padronizado. Por exemplo, finanças seria uma entidade legal separada e executada na nuvem pública como “Serviços Compartilhados”, com o restante do negócio sendo executado em um ERP altamente personalizável no local ou na nuvem privada. Isso permite que uma grande organização com muitas linhas de negócios diferentes mantenha um ritmo rápido de inovação. A estrutura também facilita a introdução de novas inovações no negócio sem interferir no sistema altamente personalizado no local ou na nuvem privada.

No cenário do Ecossistema da Cadeia de Suprimentos, a matriz executa um sistema ERP altamente personalizável no local ou em nuvem privada e traz seus subcontratados ou revendedores para um sistema de nuvem pública padronizado. Integrar uma organização com seus fornecedores, revendedores e subcontratados forma uma rede de cadeia de suprimentos inteira. Com esse modelo, há alta visibilidade e transparência em toda a cadeia de suprimentos, e a implementação da automação de processos resulta em uma redução de intervenções manuais.

Construir uma estratégia de ERP de duas camadas eficaz envolve mais do que apenas cenários de integração. É essencial conduzir uma análise completa da funcionalidade necessária para cada subsidiária ou satélite, e a estratégia deve definir como a interdependência das organizações afetará os relatórios, além dos processos de negócios. Por exemplo, a estratégia de relatórios para transações intercompany e relatórios de toda a empresa deve ser definida antecipadamente. Além disso, o gerenciamento de dados mestres seguirá os requisitos de processo integrado e, portanto, também deve ser planejado no início de um projeto de implementação. Por fim, a habilitação de mudanças é multidimensional, porque há novos sistemas que exigem treinamento suficiente do usuário final e possíveis mudanças nos processos de negócios com a interdependência entre entidades organizacionais.

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